Quem Não Somos – Um alerta para a comunidade

Uma série de acontecimentos despertou a necessidade desta reportagem para esclarecer dúvidas da comunidade sobre o trabalho do Desafio Jovem O Bom Samaritano. Por isso, nesta edição a direção da casa decidiu falar acerca dos fatos e explicar detalhadamente as formas utilizadas de contato com o público e também aquilo que não é feito em hipótese alguma.

Quem nao somosVários amigos e mantenedores, que preferem não ser identificados, relataram terem sido abordados nas ruas, semáforos ou residência, por jovens que pedem dinheiro ou doações para o Bom Samaritano. Em Florianópolis, um dos mantenedores foi abordado no semáforo por um jovem que distribuía revistas e pedia doações para o Bom Samaritano. Ao ser interrogado: “É lá do trabalho dirigido pelo pastor Moisés Martins?”, o jovem prontamente confirmou: “Sim, é isto mesmo!”

No mesmo local, o pedinte – bem vestido e com revistas nas mãos – disse a outra pessoa que a arrecadação era para ajudar o Bom Samaritano da Praia Comprida, uma casa de acolhimento que é mantida pela Prefeitura de São José.

No mês passado, uma senhora ligou para a ala masculina e foi falando: “Como vocês deixam um rapaz sair daí para vir roubar minha loja?”. Segundo ela, o estabelecimento fica na região da Praia Comprida e o ladrão, pego em flagrante, disse que estava no Bom Samaritano. Após esclarecimentos, ficou constatado que não era verdade.

Junto a órgãos públicos municipais e estaduais, pessoas tem dito representar os interesses da instituição para conseguir benefícios e donativos.

 

Por estes e outros fatores, o Desafio Jovem esclarece:

 

QUEM-NAO-SOMOS11. A Sociedade de Assistência Social e Educacional O Bom Samaritano, está instalada em apenas dois locais. A ala masculina fica em uma chácara no bairro Alto Forquilhas, e a ala feminina em uma chácara na localidade de Alto Pagará, bairro Colônia Santana, ambas no município de São José.

2. Ninguém está autorizado a pedir nenhum tipo de doação, seja dinheiro ou produtos, em nome do Bom Samaritano, nas casas, semáforos, comércio ou qualquer outro local, nem mesmo os membros da equipe de trabalho, com uma exceção:

3. A única campanha beneficente realizada é em parceria com o Supermercado Bistek, na unidade da Praia Comprida, em São José, e na unidade da Costeira, em Florianópolis. A doação de alimentos não perecíveis pode ser feita pelos clientes do Bistek exclusivamente dentro das lojas a pessoas identificadas com crachá e camiseta, e com material informativo da instituição.

4. Ninguém está autorizado a pedir donativos em órgãos públicos como Prefeitura, Secretarias de Governo Municipais ou Estaduais, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, dentre outros.

5. O Bom Samaritano é mantido por ofertas voluntárias e para ser um contribuinte o cidadão deve fazer um cadastro nas chácaras, pelo telefone (48) 3201-3378, ou pelo site. Depois de cadastrado, receberá um carnê de mantenedor que pode ser pago em qualquer agência bancária ou lotérica.

6. Contribuições devem ser feitas pelo carnê de mantenedor, diretamente nas chácaras aos responsáveis (o contribuinte deve exigir o recibo timbrado da instituição), via online no site da instituição, ou por depósito bancário: Banco do Brasil, agência 3616-1, conta-corrente 11.491-X.

7. Para se comunicar com seus mantenedores, ou apresentar algum tipo de necessidade, a instituição faz uso do seu programa diário de rádio, transmitido pela Sara Brasil 89.1 FM na Grande Florianópolis e pela Vertical 97,7 FM na região Sul de Santa Catarina. Os outros canais são: a vigília do Bom Samaritano, jornal impresso, correspondências, e-mail, redes sociais e site.

8. Toda doação de produtos/roupas/alimentos deve ser entregue em nossas chácaras ou retirada pelo caminhão da instituição mediante solicitação do doador à direção da Casa.

9. Nenhum abrigado da instituição, enquanto permanece ligado ao tratamento, sai sozinho pela cidade. Todo deslocamento, quanto necessário, é feito acompanhado de um auxiliar ou funcionário que o conduz até o destino e traz novamente para a chácara. Até mesmo quando a pessoa decide ir embora, ela deve ser buscada por familiares, ou então, é levada por um responsável até a rodoviária e colocado no ônibus para casa.

10. Se você for abordado de alguma outra forma em nome do Bom Samaritano, entre em contato imediatamente pelos telefones: (48) 3247-6522 / 3288-0109 / 9114-1453.

 

Bom Samaritano da Praia Comprida muda de nome

 

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Antiga fachada da casa mantida pela Prefeitura e que tinha o mesmo nome

Como vimos no início desta reportagem, além da Sociedade de Assistência Social e Educacional O Bom Samaritano, a casa da Prefeitura de São José que leva o mesmo nome também estava sendo usada por pedintes nos semáforos. Em virtude das duas casas terem a mesma nomenclatura, muita gente confundia e até era enganada por pessoas mal intencionadas.

Por causa da confusão gerada pela população entre as duas entidades, e com intenção de promover uma reforma institucional, a Casa de Apoio Bom Samaritano, coordenada pela Secretaria de Assistência Social da Prefeitura mudou de nome. Desde o final de julho, o abrigo localizado na Rua Doutor Constâncio Krummel, 952, na Praia Comprida, passou a se chamar Casa de Acolhimento Social Morador de Rua.

Antigamente, o local era usado por acompanhantes dos pacientes do Hospital Regional de São José e mais tarde tornou-se um albergue que acolhia os moradores de rua somente durante a noite das 19h às 7h.

Na atual administração, a responsável pela casa desde março é a psicóloga Sandra Regina Souza e Souza, que está promovendo uma reforma tanto nas instalações físicas quanto no modo de atender. Segundo ela, neste inverno, a prioridade foi acolher todos os moradores de rua e encaminhá-los para abrigos.

Os dependentes químicos que aceitam tratamento são encaminhados para Comunidades Terapêuticas e quem precisa apenas de amparo e atendimento médico é encaminhado para a rede pública e pode ficar na casa.

“Temos um projeto de ressocialização, fazemos documentos, encaminhamos para tratamento de saúde, para o emprego, e depois que a pessoa recebe o primeiro salário, ajudamos alugar um local para morar. Eles ficam de 1 a 3 meses conosco”, explica a coordenadora.

Ela afirma que o nome da Casa já foi alterado, mas as pessoas ainda vão levar um tempo para perceber a troca. “Tiramos o nome Bom Samaritano lá da frente, mas a comunidade tem dificuldade de assimilar o novo nome”, diz Sandra.

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Comentários

  1. Isso aqui é para abrigar pessoas que realmente necessitam e não
    vagabundos cheio de saúde que andam roubando por ae!!! é uma
    vergonhaesse tal bom samaritano. só tranquera enfiada ali. se fosse um
    ambiente de acolhimento a quem precisasse seria maravilhoso agora é
    acolhimento a ladrão DROGADO QUE NÃO QUER SE CURAR. >> NOJERA
    <<

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