Quando Faltar a Esperança, Deus Levanta o Remidor!
O livro de Rute foi escrito no período mais turbulento da história de Israel, o período dos juízes. Esse foi um longo período, de aproximadamente 350 anos, que começou depois da morte de Josué e só terminou com a coroação do rei Saul. Nesse tempo, o povo israelita viveu como um elevador, ora caminhando para cima, ora para baixo. O povo alternou sua vida oscilando entre sua rebeldia contra Deus e a volta para Ele. A instabilidade política, o colapso moral e a infidelidade espiritual foram as marcas distintivas desse tempo.
Na verdade, a volta para Deus era superficial, pois o povo só buscava a Deus para se ver livre de suas angústias, mas, logo que a mão de Deus se manifestava trazendo o livramento, o povo voltava a se rebelar contra o Altíssimo.
O povo buscava a Deus por aquilo que podia receber dEle. Eles não estavam interessados em Deus, apenas neles mesmos; buscavam a Deus com propósitos egoísticos. Eles não queriam Deus, apenas as bênçãos de Deus. A vida deles estava centrada neles mesmos, e não em Deus.
Eu sai inteira, mas o Senhor me trouxe para casa vazia” (Rt 1.21). A declaração é de uma israelita, chamada Noemi. Sua história acontece na época dos juízes, cerca de 1150 a 1100 a.C. Houve grande seca em Israel e ela parte de Belém de Judá, para as terras de Moabe acompanhada do esposo Elimeleque e dos filhos, Malon e Quiliom. Ela deposita esperanças na partida, estava inteira, completa, ao lado das pessoas que amava e quando estamos com quem amamos, nos sentimos mais fortes e seguros.
O casal já vinha enfrentando dificuldade econômica, essa fase, se reflete nos nomes dos filhos: Malon (Fraco, doentio) e Quiliom (Tristeza). Apesar disso, a família era feliz, especialmente porque Noemi era uma mulher de fé que não se curvava a deuses estranhos, mas adorava ao Deus de Israel. Entre Belém e Moabe muitas coisas acontecem na vida de Noemi. O primeiro fato doloroso é a morte do marido Elimeleque. Viúva, distante de sua terra natal, só lhes resta agora a companhia dos filhos e das esposas moabitas: Rute e Orfa. Mas, os filhos também morrem sem deixar herdeiros. Orfa fica em Moabe e Noemi retorna a Belém na companhia de Rute.
Um mundo desabando, sendo desmontado em todos os seus termos. Noemi estava como que sem chão para pisar, sem ar para respirar. Para todos os lados que olhava a morte acenava, Moabe não lhe retribuiu a fé, nem a esperança, a terra sequer dava frutos e ainda lhe roubara todas as sementes. Noemi não conseguia enxergar o futuro, não havia sonhos. Estava tudo consumado, era voltar para Belém e amargar a solidão dos dias, esperando sua própria morte: “Não me chamem de Noemi (agradável) me chamem de Mara (amarga) porque O Senhor Deus tem lidado amargamente comigo. Cheia parti e o Senhor me trouxe para casa vazia” (Rt 1.20-21). Ela estava tomada por um profundo senso de autopiedade. Ela queria que todos soubessem quanta dor, quanta amargura e quanta tristeza latejavam em seu peito. Ela não queria mais ostentar um nome que era a negação de toda a sua dolorosa experiência vivida em Moabe. Ela olhava para o passado e não tinha mais nenhum motivo para alegrar-se.
A palavra esperança é traduzida como “tiqvah”: Expectativa, algo desejado e previsto ansiosamente, vem do verbo ”gavah”: “olhar esperançosamente” numa direção particular. Em seu significado original, essa esperança, citada tantas vezes na Bíblia tinha o sentido de “esticar como uma corda, cordão”. Raabe foi instruída pelos espias, a amarrar um “tiqvah” na sua janela como uma corda de resgate. A tiqvah simbolizava Cristo Jesus, o sangue do Cordeiro espargido sobre a porta dos israelitas quando do Êxodo no Egito.
Onde estava a tiqvah de Noemi? Em todas as direções, só via fome e luto. Ainda que voltando a Belém encontrasse fartura de alimentos e familiares, mas dentro de si, tudo era sequidão, amargura. Até mesmo Deus, que fora sempre seu Refúgio, estava sendo acusado de provocar-lhe dor. Ela se sente injustiçada por Deus. Ela atribui toda a tragédia que aconteceu em sua vida a Deus. Ela vê Deus como seu inimigo. Ela responsabilizava Deus pela sua tragédia. Ela estava com raiva de Deus. Ela era não apenas uma viúva, pobre e sem filhos, mas também estava amargurada contra Deus. Noemi estava com o coração repleto de mágoa.
Noemi sabia que Deus era o Senhor da vida e que nada acontecia sem sua permissão. Você já esteve em situação parecida com a de Noemi? Se perguntando: por que tudo isso está acontecendo comigo? Já se chamou de Mara? A história dessa mulher poderia ter acabado de forma trágica, porém ela tinha fé no Deus de Israel e aos que vivem pela fé, a esperança não morre, mesmo quando só há morte ao seu redor.
Noemi não estava vendo a Tiqvah, a corda que a alçaria da escuridão para a luz. E quantos de nós não conseguimos ver, quando os olhos estão repletos de lágrimas? Mas os planos de Deus para sua filha Noemi não estavam consumados. Foi quando Jesus disse “está consumado” que a vida venceu a morte, que a esperança ressurgiu, a Tiqvah alcançou a humanidade. Não estava consumado para Noemi e se você tem a Tiqvah em seu coração, o sangue do Cordeiro espargido sobre as portas da alma, não está consumado para você. Não estava consumado para Lázaro, irmão de Marta e Maria há quatro dias morto e sepultado, Jesus o ressuscita. “Eu sou a ressurreição e a vida, aquele que crê em mim, ainda que esteja morto viverá” (Jo 11.25)
A Tiqvah ressuscita a esperança, a fé, os relacionamentos, a família, tudo que precise ser ressuscitado para se cumprir uma Promessa e tornar uma vida feliz. Noemi acreditava em Deus, era uma mulher honrada e temente. O socorro viria, a Tiqvah traria a existência os antigos sonhos de ter uma família abençoada e realizada. Os planos de Deus para Noemi tem começo em sua nora Rute e se concretizam através de um homem chamado Boaz. Rute amava Noemi e não a abandonou, seguiram juntas até Belém: “Não te deixarei, teu povo é o meu povo, teu Deus o meu Deus” (Rt 1.16).
Boaz era parente de Noemi e um homem rico. Ele era um homem íntegro, influente e grande fazendeiro. Seu nome significa “nele há força”. Ele podia cumprir os requisitos legais de casar-se com Rute, no regime do levirato, e suscitar descendência à família de Elimeleque. O levirato regulava os costumes referentes ao casamento quando o homem da casa morria. Se um homem morria, o “nome” do morto era perpetuado por intermédio do casamento da viúva com outro homem (o irmão do morto, ou parente mais próximo) e por meio dos filhos que ela tivesse com ele “para” o morto (Dt 25.5-10). Boaz era sobrinho de Elimeleque. Por essa razão, ele podia ser legalmente o marido de Rute e suscitar um legítimo descendente para perpetuar a descendência.
Não por acaso, nem por sorte, mas por providência Divina, Rute vai colher espigas nos campos de Boaz. Os dois se aproximam, se amam e se casam. Do relacionamento nasce um neto para Noemi, um herdeiro da família real de Davi, o menino se chamava Obede (avô de Davi), ancestral de Jesus Cristo. Deus não apenas realizou o desejo do coração de Noemi, mas o fez da melhor forma, de forma excelente e agora sua felicidade era visível a todos, seu testemunho marcaria gerações. Noemi, não apenas estava completa, mas transbordante! “Beleza em vez de cinza, oléo de gozo por tristeza, veste de louvor em vez de espírito angustiado” (Is 61.3). Eis os frutos da fé, do relacionamento entre Deus e os homens. Deus quer que sejamos felizes.
Quando tudo parecer tomar a direção errada e o mundo desabar sob nossos pés, lembremos-nos de Noemi. Não está consumado, não é o fim, a Tiqvah sempre renasce para os que vivem pela fé em Cristo Jesus.
Pr. Sérgio Pereira – Pastor Setorial na AD Floripa, bacharel em Teologia, especializado em teologia prática, professor, conferencista e escritor.
Obrigada por essa palavra, fiquei viúva, meu filho mais velho já estava morando nos EUA e o mais novo casado e cuidando da vida dele. Ficamos eu e meu filho e nossos seis gatos. As duas empresas faliram e acredito que plano de Deus, perdemos quase tudo ficamos eu e meu filho com crises de ansiedade e vim passar um tempo em Goiás, ele está em Brasília trabalhando em outra área, tem sido difícil ficar longe do meu filho, porque era o único solteiro e somos muito ligados, dói, mas a palavra de Deus nos traz certeza que o Senhor pode mudar tudo. Esse texto de Ruth e Noemi me dá esperança de ver mudanças incríveis e quero voltar para minha cidade Brasília. Obrigada Deus te abençoe.
Oi…
Visitei seu site, muito bom, voltarei em breve.
Conheça o Sistema Primavera, vai gostar…
Obrigado..!
Excelente estudo e de fácil entendimento. Parabéns ilustre homem de Deus e que Ele continue a iluminá-lo.
Olá paz do Senhor pastor Sérgio Pereira…
Palavra poderosa traz esperança, e nos revela o quanto, é importante o recomeçar. interessante que a história no livro de rute já mostra a manifestação da GRAÇA e uma das evidência da manifestação da graça começa quando Rute chega de mão vazia no campo de Boas rute vai COLHER em terras que nunca plantou E NA TERRA CHAMADA GRAÇA DE DEUS COLHEMOS SEM PLANTAR isso é graça segundo Paulo diz em gálatas 6.7 alei da semeadura permite nos colher o que plantamos mais a GRAÇA nós permite COLHER em terras que nuca plantamos isso é GRAÇA O TEXTO NÃO DIZ QUE RUTE PLANTA NO CAMPO DE BOAS MAIS SIM QUE ELA COLHEU ….. LOUVADO SEJA DEUS POR NÓS PERMITIR COLHER AONDE NUNCA PLANTAMOS NOS CAMPOS DE BOAS CAMPO DA GRAÇA JESUS CRISTO NOSSO BOAS HOJE É SEMPRE GLÓRIA A DEUS. ..
Bom dia! Vim atrás de uma palavra e fui muito edificada com o estudo! Fui ministrada através desse ensino, pois dizia para O Senhor que me sentia como Noemi e agora vejo que a minha vida está escondida nas Mãos de Deus! Ele está me preservando enquanto está trabalhando na minha vida! E eu achando que estava abandonada em minha própria casa.
Deus Seja Louvado!!!
Enquanto eu lia o estudo imaginava os momentos de dor e desesperança que sentimos ou conhecemos de outras pessoas, e como, às vezes, me sinto impotente, sem palavras que possam acalentar quem sofre. Ao conhecer esse estudo e contextualizando para o momento atual, terei meios de ajudar com palavras e esclarecimentos que somente Deus pode nos dar.
Obrigado.
Enquanto eu lia o estudo imaginava os momentos de dor e desesperança que sentimos ou conhecemos de outras pessoas, e como, às vezes, me sinto impotente, sem palavras que possam acalentar quem sofre. Ao conhecer esse estudo e contextualizando para o momento atual, terei meios de ajudar com palavras e esclarecimentos que somente Deus pode nos dar.
Obrigado.
Gostei muito do estudo,e fez abrir minha mente,e nos ensina que a vontade de Deus sempre será o melhor e que mesmo nas tribulações devemos crê e mais ainda em Deus,pq ele sempre vira com a providenciar
Amei esse estudo, falou muito ao meu coração. Nao tenho motivos pra desistir!
Estudo muito bom. Comecei a ler para entender o que era remidor, acabei sendo muito edificada com a palavra. Deus o abençoe.
Eu também busquei conhecimento para entender melhor o que era remidor. Glória a Deus!
Eu também queria saber o que era remidor e fui impactado. Que benção.
Incrível como a Bíblia explica a própria Bíblia. Todo o velho testamento aponta para Jesus Cristo, autor e consumador da nossa fé. A palavra é viva e eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes. A palavra me abençoou. Espero em Deus que Ele realize os desejos do meu coração é quero q tudo aconteça de acordo com a vontade de Deus. Não quero fazer escolhas erradas. Quero semear boas sementes, porque tudo que o homem semear, certamente ceifará.
Eu gostei muito da historia de Rute mulher saiba ainda porque passou por dificuldade com a perda do marido e filhos.mas foi corajosa.nao desistiu.
Que mensagem maravilhosa. Nunca tinha ouvido falar sobre Tiqvah. Aprendi muito. Que o Senhor continue abençoando sua vida.
Que linda a Palavra…Glória a Jesus pela revelação.
Deus é bom.graça e paz,varão.
Eu gostei muito
E muito forte á história de Rute
Está palavra me abençoou de forma poderosa estou passando uma pequena luta,mais Deus me abençoou de uma forma poderosa que Deus abençoe muitíssimo a sua vida e seu ministério, estarei orando pelo senhor.A paz do senhor.
Estudo maravilhoso recebi muito