Jesus levou a minha mãe sem o câncer. O que Jesus levará da igreja também será sem câncer!

Há seis anos, eu estava em uma vigília e meu amigo Pr. Nerildo Accioly pregou a Palavra de Deus naquela noite. Ao terminar sua participação, ele falou ao meu ouvido: “Deus mandou lhe dizer para preparar seu coração, pois Ele estará recolhendo a sua mãe para a glória”. E foi bem nesta época que o médico descobriu nódulos no seio esquerdo da minha mãe. Era necessário realizar uma autópsia, mas ela resolveu que não falaria nada para ninguém por não acreditar que seria algo ruim e, mesmo se fosse, confiava em Deus e quando chegasse sua hora partiria para a eternidade independente de estar doente ou não. Somente a poucos dias a família ficou sabendo que ela tinha ido ao médico há seis anos.

Evanir - mãe do Pr. Moises Martins

Evanir – mãe do Pr. Moises Martins

Há exatamente um ano ela não conseguiu mais esconder de nós, mas aí para a medicina já era tarde. Confesso que foi uma das minhas maiores tristezas ver minha mãe se definhando pouco a pouco. O Senhor a recolheu no dia 2 de junho, porém do dia 22 ao dia 28 de maio eu estive com ela em sua casa e ali fiquei ajudando minha irmã a cuidá-la e confesso que a tristeza por ela não ter nos falado a tempo de realizar o tratamento por vezes permeou meu coração, mas logo o Senhor me confortava e eu entendia que havia um propósito.

A medicação à base de Sulfato de Morfina aliviava sua dor a cada quatro horas e as doses eram aumentadas gradativamente na medida em que a dor aumentava. Só que no mesmo ritmo que a dor diminuía, começavam as alucinações típicas de um remédio que tem sua origem no ópio. A volta da lucidez era acompanhada pela dor e por conselhos como: “Não saiam dos caminhos do Senhor para nos encontrarmos no Céu um dia”, “Fico feliz em ter meus filhos servindo a Deus”.

Lembro-me que aproveitei cada momento desta última semana pertinho dela fazendo-lhe muito cafuné em seus cabelos já embranquecidos e dando-lhe muito carinho segurando por horas sua mão.

Mas uma das lições mais tremendas que tive foi em uma madrugada em que cuidava dela e orando perguntava a Deus o “para quê?”, pois a Ele eu aprendi a não perguntar “por quê?”, quando procuramos entender e aceitar o propósito de Deus o consolo fica mais palpável.

Era uma madrugada de sexta para sábado, quando após fazer a pergunta “Para quê tudo isto?”, o Senhor falou comigo: “Estás sentindo o que eu venho sentindo a muito tempo em relação a minha igreja”.

Foi quando Ele me levou ao começo de tudo e me disse:

“Assim como um médico avisou sua mãe há seis anos, eu também venho avisando minha igreja sobre o câncer chamado pecado. A hipocrisia e desobediência tem tomado conta de muitos que ouvem a advertência através do diagnóstico preciso da minha palavra, mas não querem se submeter ao tratamento proporcionado pela mesma.

Não basta saber que está doente, precisa desejar a cura, e para isto precisa aceitar o tratamento. “Porque virá (chegou) o tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências” (2 Timóteo 4:3).

De nada adianta ter um câncer e procurar ajuda em uma oficina de automóveis, o tratamento precisa ser feito e, se necessário, extirpar a parte podre para não contaminar o corpo todo, mas o que tenho visto é em nome de uma pseudo-misericórdia o pecado sendo tratado como se fizesse parte da igreja.

A minha palavra ensina que o arrependimento se conhece com frutos dignos de tal atitude e não somente com palavras vazias, mas eu não criei nenhuma árvore que produza fruto instantâneo, todas tem um tempo para dar o fruto.”

Eu perguntei: “Mas, Senhor, quem confessa e deixa não alcança misericórdia?” E Ele disse: “Sim, mas precisa cumprir as duas etapas, muitos só estão cumprindo a primeira que é “confessar”, isto é, reconhecer que tem a doença, mas a segunda etapa que é “deixar” só consegue ao se submeter ao tratamento da minha palavra, e isto não é toque mágico, e sim uma atitude.

Este cheiro ruim que tu sente e que é comum em quem está com câncer, eu também sinto por causa do pecado. Muitos por não aceitarem o tratamento para extirpar o pecado de suas vidas se contentam com algumas doses de um remédio que não cura, mas causa uma sensação de alivio e até algumas alucinações que acabam sendo confundidas como manifestação do meu poder, fruto do engano causado por falsos agentes que se intitulam pastores, profetas, apóstolos, bispos, semi-deuses e tantas asneiras mais.

Somente iludem os pecadores dizendo que está tudo bem. Poucos são os que estão pregando contra o pecado, e destes poucos que pregam, menos ainda são os que vivem o que estão pregando. Avise o meu povo que aqui no céu o dinheiro terreno não tem valor, pois assim como no caso de sua mãe não tem dinheiro que tire o câncer, o pecado também não pode ser tirado com dinheiro. E diga à minha igreja que assim como o corpo volta ao pó e não vem para o céu, quem comete pecado também não vem, mas seu destino será a eternidade longe da minha presença.

Assim como a sua mãe não acreditou que seria algo grave no primeiro diagnóstico do médico e não quis se submeter a um exame mais aprofundado, muitos não estão acreditando que seja tão grave assim suas costumeiras atitudes, pois afinal de contas continuam tendo suas vidas “normalmente” aqui nesta terra, mas diga-lhes que esta vida é um treinamento para a eternidade com ou sem a Minha Presença. Mas quem eu levarei são aqueles que estão impregnados do sentimento do Meu Espírito, levarei os purificados pela minha palavra.”

Confesso que tremi diante de tais palavras que ficaram vivas em meu coração. No dia 28, após minha saída de retorno a Florianópolis, minha mãe em mais um momento de lucidez disse para minha irmã Marta: “Deus já cumpriu o desejo do meu coração que era ver o Moisés, agora tu e o Julinho sejam fortes e não fiquem nervosos nem tristes, pois Jesus vai me levar”. Minha irmã respondeu: “Não, mãe, o Moisés vem novamente no domingo”, e ela disse: “Sim, mas eu não estarei mais aqui quando ele chegar, Jesus já me disse isto”.

Há vinte e cinco anos atrás, quando meu pai que era um servo de Deus também faleceu, ele havia recebido alta médica no Hospital Parque Belém em Porto Alegre. Como dependeria de mais de 2 horas de ônibus para chegar até em casa e como fazia muito frio, ele e minha mãe pediram  para passar mais uma noite no hospital e foram atendidos em sua solicitação. Quando eram 5 horas da manhã, ele começou a respirar ofegante e minha mãe tocou a campanhia que chamava os plantonistas, mas antes mesmo deles poderem chegar meu pai abriu os olhos e com um sorriso disse: “Velhinha, Jesus está vindo me buscar”. Fechou os olhos e partiu.

Desta maneira, ao amanhecer do domingo, dia 2 de junho, minha mãe ofegante e com um sorriso olhava para o céu e dizia: “É Jesus, é Jesus, é Jesus”, e  assim partiu para estar na glória. No seu enterro, o sorriso e o semblante que estava em seu rosto foi o consolo maior a todos que ali lotavam a capela, pois para nós que temos esperança não passou de um “Até breve!”.

Pr. Moisés Martins – Diretor do Bom Samaritano e 2º Vice-Presidente da Assembleia de Deus em Florianópolis (SC).

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Comentários

  1. Amigo eu vi tudo isso o anjo do senhor a me atormentar ate que eu via minha maezinha com tanta dor que pedi que a levacem mas.foi tudo muuto igual o semblante de alegria mo rosto dela morta oi tudo muito igual.

  2. Leandro Barbosa dos Santos : dezembro 13, 2018 at 2:04 am

    Minha mãe está na fase terminal do câncer.
    Era no útero já tomou o corpo e estou vendo minha mãe morre aos poucos o médico já desengano e falou que ela tem semanas de vida sinto meu mundo acabar sou evangélico prego mais tá doendo demais peço oração pela minha mãezinha

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