Dias melhores virão

O povo de Israel por não ter obedecido a Deus, guardando o ano de descanso da terra, sofreu a condenação de passar setenta anos no cativeiro babilônico assim como profetizou Jeremias, e assim ocorreu conforme corroboram a narrativa bíblica e as evidências históricas. Todavia, o mesmo Deus que declarou que Israel passaria esses setenta anos no cativeiro, Ele foi o mesmo que, por meio do profeta Isaías, declarou que um novo tempo viria em que o império babilônico sucumbiria ante e o poderio persa, e assim Deus levantaria o rei persa, Ciro, como o ungido de Deus que abriria os caminhos para que o povo de Israel voltasse à Terra Santa.

Esse fato histórico supramencionado ele tem dois momentos marcantes que são a ida e o retorno ao cativeiro, conforme é retratado nos Salmos 137 e 126. O primeiro faz alusão ao período da ida do povo como sofredores peregrinos em direção à terra da Babilônia, e, por sua vez, o segundo, faz alusão ao grupo de judeus que retornam da Babilônia à Israel, fazendo assim se cumprir o tempo da promessa de Deus de retorno à terra, por meio do decreto do rei persa Ciro.

No Sl 137, encontramos um quadro de um Israel abatido, escarnecido por seus adversários, sem prazer para tocar e cantar em celebração a Deus. Não obstante ao fato que estavam no centro de capital de um próspero império aquilo não lhe enchia a alma, não os completa, não os fazia feliz. Assim deixaram de cantar, abandonaram os instrumentos, sofriam com os escárnios dos seus algozes. Esse salmo retrata a dor daqueles que viviam longe da cidade santa, distantes do local sagrado do Templo, viviam a dor da perda, estavam dominados pela saudade, e assim por mais prósperos que eles fossem não conseguiam ser felizes plenamente longe da Terra Santa.

No Sl 126, por sua vez, encontramos um Israel que não mais se encontrava na próspera cidade da Babilônia, já não mais estava junto ao grande rio da cidade, o que para época significa estar junto a um próspero meio de integração social e comercial, já não mais estavam entre as suntuosas construções da Babilônia, mas agora eles aparecem no deserto do sul de Israel, junto a pequenos riachos de pouca água, debaixo de sol do deserto, estavam com todas as condições aparentemente adversas, mas, todavia, agora eles aparecem felizes: sorrindo e cantado, tendo a convicção que agora estariam colhendo o melhor de Deus, colheriam aquilo que semearam com lágrimas na Babilônia.

Esse aparente paradoxo de situação retratado nos dois salmos, eles quando são confrontados nos mostram que Deus sempre reservar coisas melhores para cada um de nós, e que nossa verdadeira alegria é estar aonde Deus está e o seu nome é engrandecido e glorificado, de modo que mais vale o riachos no deserto sabendo que se está caminhando com Deus e em direção ao lugar da bênção do que o lugar próspero distante da presença de Deus.

Dessa forma, como bem relato o Sl 126, a alegria de voltar caminhando com o Senhor, é o que nos faz ter a certeza que se dirá entre os povos que foi o Senhor que nos abençoou e que isso é coisa maravilhosa diante dos olhos humanos. Assim, os dias futuros por certo serão tempos de celebração em que as boas coisas de agora serão pequenas diante do melhor de Deus que estar por vir.

 

Pr. Juvenil dos Santos – Presidente da Assembleia de Deus em Florianópolis (SC).

share

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *