Odair Soares é o primeiro recuperado do Bom Samaritano ordenado a pastor em SC

O Bom Samaritano teve o grande privilégio de ver mais uma conquista especial na vida de um dos seus ex-alunos. Odair José Soares é o primeiro recuperado da instituição ordenado a pastor pela Convenção das Assembleias de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná (CIADESCP), uma das mais respeitadas e criteriosas do país. A ordenação aconteceu no dia três de julho no município de Piratuba, no Oeste Catarinense, onde foi realizada a 72ª Assembleia Geral Ordinária.

Odair Soares (1)Odair cresceu num lar cristão, mas teve uma adolescência complicada, se envolveu com más companhias, conheceu as drogas e tornou-se um dependente. Perdeu tudo o que tinha para o vício, inclusive a família. Porém, um dia conheceu o Desafio Jovem onde Jesus o resgatou e começou a escrever uma nova história.

Acompanhe este emocionante testemunho e comprove a misericórdia de Deus e sua fidelidade na vida de um escolhido:

 

A infância e adolescência

 

“Eu tinha quatro anos de idade quando minha mãe aceitou a Jesus como Salvador da sua vida. Ela logo recebeu, já no seu primeiro amor, uma chamada divina para a obra missionária, mas enfrentou algumas dificuldades, pois papai não servia ao Senhor Jesus. Foi então que minha mãe resolveu entregar um de seus filhos para que Jesus fizesse dele um missionário e obreiro da sua Seara.

O tempo foi passando, eu fui crescendo e  aprendendo com homens de Deus que  presidiram na época a Assembleia de Deus de Imbituba (SC), minha terra natal. Nunca esqueço de quando tinha oito anos de idade e pela primeira vez Deus falou fortemente comigo em um culto de missão. O Senhor disse que tinha me escolhido para a obra missionária.

Porém, com o passar dos anos eu cresci e já não queria mais ir à igreja com minha mãe. Morávamos perto da praia e comecei a praticar o surf e conheci alguns “amigos”. Foi aí, que na adolescência, comecei a usar a maconha.

 

O sofrimento da família

 

Aos 16 anos já não me entendia mais com meu pai e brigamos. Decidi ir morar no município de Palhoça (SC) na casa de uma tia e aos 17 anos conheci a cocaína. Só queria festa e balada.

No entanto, eu não me conformava com a vida que levava e pensei: “Vou casar, pois casando agora vou criar mais responsabilidade e vou deixar as drogas”. Mas nada adiantou.

Mais tarde pensei: “Vou convencer minha esposa a termos um bebê, pois tendo um filho, aí sim vou criar responsabilidade e vou sair das drogas”. Eu não aceitava ser um dependente químico, mas não conseguia libertação.

Em pouco tempo já eram dois para sofrer junto comigo: a esposa novinha que casou com um drogado sem saber e uma pequena criança. Porém, todos os esforços humanos se esgotaram, eu queria deixar os vícios, mas não queria um compromisso com a igreja e muito menos com Jesus.

 

A empresa

 

Sempre tive vontade de ter o meu próprio negócio e com a ajuda de meu pai conseguir comprar uma oficina mecânica no bairro Ipiranga, em São José (SC). Entretanto, por causa das drogas, fui me aprofundando cada vez mais nos vícios e me endividando.

Acabei na falência e comecei a perder o que tinha, pois é isso que a droga faz. Minha esposa não suportando mais aquela situação decidiu me deixar, agora ela já sabia com que tipo de moço tinha se casado. Ela foi embora para casa dos seus pais e levou o nosso filho.

Deus sabe como trabalhar na vida de uma pessoa e me pegou por meu coração, pois mesmo sendo um dependente químico presava por minha família, tinha aprendido princípios cristãos.

Me sentindo só e abandonado, com o meu lar já destruído, aí foi a minha ruína total. Tinha perdido a minha oficina, meu carro, e o que eu mais amava que era minha esposa e meu filho.

 

A busca por ajuda

 

Odair Soares (2)Estava no fundo do poço quando então meus tios vendo a minha situação se compadeceram de mim. Um deles, o presbítero Antônio Faustino, na época era obreiro e dirigente de uma congregação da Assembleia de Deus de Florianópolis.

Foi ele quem falou para mim que para o meu problema haveria solução, pois ele iria arrumar uma vaga em uma casa terapêutica chamada O Bom Samaritano. Quando cheguei naquela chácara, Deus começou a trabalhar na minha vida e tive muitas experiências com o Senhor.

 

O milagre

 

Jesus que está naquele lugar maravilhoso, operou na minha vida e me libertou. Restituiu a minha família e ainda me confiou um ministério em sua obra. Saí do tratamento e fui para a cidade de Palhoça e ali comecei a trabalhar auxiliando na obra de Deus.

Mas, nunca me ausentei do Bom Samaritano, sempre ajudando o Desafio Jovem, arrumando os veículos quando precisava e ensinando minha profissão a alguns meninos recuperados.

O Bom Samaritano faz parte da minha vida. Nunca me esqueço de quando estava passando uma prova financeira, uma experiência que eu precisava ter, e então Deus usou o pastor Moisés Martins através da Assistência Social para me ajudar e me dar auxílio naquele momento difícil.

Coloquei em prática o que aprendi naquela casa, e servindo a Deus na AD em Palhoça, na época presidida pelo pastor Norberto Mitank, fui separado a auxiliar da igrega, depois à diácono e a presbítero no corpo de obreiros.

 

O chamado

 

Em 2004 fui enviado para a obra missionária na cidade de Rancho Queimado, na serra catarinense. Dois anos depois, fui integrado à CIADESCP e passei por vários municípios. Trabalhei nas cidades de Luiz Alves, Balneário Piçarras, Pouso Redondo e Jacinto Machado, onde fui ordenado ao ministério de evangelista no dia 07 de julho de 2010.

Atualmente estou na cidade de Brusque e trabalho com o pastor Nelson Miranda, que apresentou meu nome para ser ordenado ao Pastorado nesta convenção do dia 03 de julho de 2013.

Querido leitor, eu, Odair José Soares, sou uma testemunha viva de que Deus muda vidas através do Bom samaritano. Quero agradecer em primeiro lugar ao meu Deus, ao Bom Samaritano na pessoa do Pr. Juvenil do Santos Pereira e do Pr. Moisés Martins.

À minha Digníssima esposa Tatiana, que me suportou nos momento mais difíceis de nossas vidas e à minha mãe que sempre derramou suas lágrimas em oração por mim.

Aos meus tios Bartolomeu e Antônio Faustino que me levaram para o Bom Samaritano e, enfim, a todos que oraram e me ajudaram de alguma forma. Só Deus para recompensar vocês. Muito obrigado, que Deus abençoe a todos.”

 

Odair J. Soares

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