Das gangues cariocas para o exército de Cristo
Um dos obreiros do Bom Samaritano foi traficante e líder de gangue no Rio de Janeiro antes de se render a Jesus. Era bêbado desde os 13 anos e ainda na adolescência conheceu a maconha e a cocaína. Por diversas vezes, Satanás tentou lhe tirar a vida, inclusive através do suicídio. Mas, em todas elas Deus deu livramento. Cristiano Sanford é um forte testemunho da mudança radical que o Senhor é capaz de operar na vida de seus escolhidos.
Parte da infância ele passou em um orfanato quando a jovem mãe, cansada de apanhar do marido que era viciado em drogas e muito ciumento, decidiu mudar-se de Florianópolis para o Rio de Janeiro. Chegando lá, viu que a vida na grande metrópole não era fácil e os filhos pequenos acabaram separados da família, vivendo em três orfanatos diferentes.
Foram dois anos lutando para sobreviver em meio a outras crianças sem lar até que num belo dia a mãe voltou. Dali foi morar na casa de uma tia, ainda no Rio. Rebelde e sem limites, Cristiano queria aproveitar tudo aquilo de que ficara privado no internato e logo começou a dar problemas em casa. Por conta disso, foi mandado ao interior de Imbituba, no Sul de SC, para viver com a avó, uma crente da Assembleia de Deus. “Foi ali que conheci a Jesus, aos sete anos de idade. Eu amei a igreja, tinha visões espirituais, fui batizado com Espírito Santo, orava e Jesus curava; vivia uma plenitude tremenda com Cristo”, conta ele.
Passado um tempo, a avó o enviou novamente ao Rio para servir de bênção na família. Chegando lá, começou a sofrer perseguições em casa e na escola. “Todo mundo ria de mim porque eu não falava palavrão, não usava short, não brigava com ninguém e orava muito”. Aos 10 anos, afastou-se dos caminhos do Senhor e a partir dos 13 começou a beber. Ainda menino já andava cambaleando pelas calçadas.
Com 14 anos, roubava cigarros da mãe para fumar escondido. Aos poucos, foi aliciado por homens mais velhos que eram envolvidos com a criminalidade. Das influências começaram os primeiros furtos em casa e na escola. Era levado pelos “tios” às festas com muita droga, armas, mulheres e a bordéis. O primeiro cigarro de maconha que fumou foi aos 17 anos.
O mundo do crime
Viciado e cada vez mais envolvido com criminosos, Cristiano Sanford ingressou nas gangues de bairro. Aos 18 anos, atingiu o auge de sua liderança, com mais de 100 integrantes no grupo que comandava. Por trás disso, sempre tinha o respaldo de pessoas mais velhas, integrantes de outras organizações que abasteciam os jovens com armas e drogas. Neste período, ele já mandava no tráfico em uma das cidades da Região dos Lagos.
Sanford também viveu dois anos em Copacabana, trabalhando como agenciador de prostituição. Conta que chegou a vender o próprio corpo e ganhou muito dinheiro com sexo fácil na alta sociedade carioca. Dentre as situações críticas que viveu, certa vez, foi levado para ser morto por um grupo de extermínio, porém Deus o livrou. No meio do caminho, sofreram um acidente de trânsito, caíram um pra cada lado da estrada e o exterminador ficou três meses sem andar.
Com medo da morte, decidiu abandonar a criminalidade e tentar uma nova vida em Florianópolis. Neste período, Deus sempre enviava pessoas para lhe falar da Bíblia e as recordações daquela infância em Imbituba voltavam à tona. Cristiano resistiu até o dia em que se viu no fundo do poço. Sem emprego, sem carro, sem namorada, sem amigos e sem esperança. Numa manhã, decidiu tomar vários comprimidos de Diazepan e acabar com a própria vida. Mas, naquele mesmo dia, Deus realizou um milagre e dirigiu-o a uma igrejinha onde havia um congresso de jovens. Ali ouviu a voz do Senhor e se reconciliou com Cristo.
Após o culto, falaram-lhe sobre o trabalho do Bom Samaritano e, no dia 26 de julho de 2001, Sanford foi levado ao Desafio Jovem. Seis meses depois, estava transformado. A namorada que não queria saber de crente, aceitou a Jesus no mesmo dia em que Cristiano foi batizado nas águas. Eles noivaram e poucos meses mais tarde casaram.
Passados os primeiros dias de casados, superando muitas dificuldades, Cristiano foi convidado para trabalhar no Bom Samaritano. Aceitou a proposta e, com o tempo, tornou-se um dos obreiros deste trabalho. No Desafio, Cristiano também voltou a estudar, terminou o ensino fundamental, depois o médio e em seguida fez faculdade de Tecnologia em Processos Gerenciais. Tornou-se um dos coordenadores da Casa e auxilia na administração do projeto.
Paz do Senhor Jesus Cristo,
Desejo agradecer a Deus, por conhecer parte deste trabalho via site. Creio, que se o Senhor Jesus quiser, terei o privilégio de pessoalmente visualizar ésta grande obra. Por misericórdia de Deus, sou fruto também de um Centro de Recuperação, chamado Desafio Jovem de Três Coras/RS, onde no 1997, aceitei a Cristo como meu salvador. Hoje, totalmente recuperado, sirvo ao Senhor na capital gaúcha, nossa linda Porto Alegre.
Cordialmente em Cristo Jesus,
Subscrevo-me.
Pr. Plauto Vanzin.